3.3.11

Impacto - capítulo 8

Enquanto ele me beijava só conseguia pensar em Dave, da sua reacção se soubesse, da maneira que me passaria a ver e o ódio e dor que sentiria. Porque é que Edward me beijara? E porque é que eu o deixava fazer? Porquê?
Edward, parou e logo de seguida sorriu.
Senti vontade de lhe dar um belo estalo, mas contive-me e dirigi-me de novo para o interior do carro, deixando-o confuso e sozinho.
Já no interior do quarto, deixei-me levar pela culpa, chorando. Tinha de contar a Dave, preferia ser uma traidora do que uma traidora mentirosa e ele não a merecia, tinha-o perdido no momento em que aquele idiota decidira beijar-me.Peguei no telemóvel e marquei o seu número, mas não deu em nada.
Edward entrou e ligou o carro, já em movimento decidiu quebrar o silêncio.
- Presumo que o erro tenha sido meu. Não foi?- perguntou-me, olhando-me pelo canto do olho.
Acentei que sim com a cabeça, sabia que também tinha culpa, mas naquele momento nem a sua cara conseguir olhar sem sentir raiva.
- Mas não foi toda minha, sabes não sabes?
Não lhe respondi e a sua expressão mudou.
- Lembras-te do que te disse antes de te beijar? Era verdade. Eu...eu...eu gosto de ti!- não me lembrava ao certo do que ele tinha dito antes do maldito beijo, mas ele fez-me recordar quando confessou o que sentia por mim, outra vez. Não conseguia distinguir se era uma piada de mau gosto, mas para o bem dele e de mim eu esperava que fosse.
- Pára.- pedi.
- Com o quê?- perguntou, erguendo uma das sobrancelhas.
- Com isto tudo, pensei que me querias ajudar! Eu só queria descobrir o que aconteceu ao meu irmão, confiei em ti e tu decides abusar de mim! Estava tudo a correr bem, até à merda daquele acidente, percebes? Já não sei quem sou, embora saiba o que quero e acho melhor que passemos a investigar sozinhos, outra vez.- disse a chorar como uma criança.
- Achas que eu fiz isto de prepósito? Eu não queria apaixonar-me pela irmã de uns dos meus melhores amigos que foi morto por alguém perigoso, eu nem me queria apaixonar de todo, Kate! Por favor, não me faças isto.- suplicou.
- Tenho de pensar, Edward, eu não me sinto em condições de investigar neste momento, podes me deixar aqui? Eu apanho um táxi.
- Não, eu levo-te a casa.- murmurou.
O resto da viagem foi silencioso que me fez adormecer.
- Kate, acorda.
Abri os olhos e deparei-me com o rosto de Edward a tirar-me o cinto de segurança. Tentei sair do carro mas acabei por me desiquilibrar e Edward por sua vez apanhou-me. Carregou-me nos seus braços e levou-me até casa.
Quando se dirigiu para o carro, abri a porta e deparei-me com a mesma de pernas para o ar, móveis, almofadas, jornais, tudo espalhado pelo chão. Larguei a minha carteira e comecei a procurar Dave.
- Dave?- gritei.- Dave? Onde estás?
Fui ao quarto e mal abri a porta, não conseguia acreditar no que via.
Dave estava em cima da cama com uma corda a atar-lhe as mãos e as pernas, o quarto estava igual à sala e o resto da casa, mas eu não queria saber disso. Corri para ele.
Estava acordado, estava vivo!
- Dave, meu amor.- disse a soluçar e tentando desapertar uma fita que lhe fora metida na sua boca.- Que te aconteceu?
Ele tentou dizer-me algo, mas eu não conseguia perceber, até que ouvi passos atrás de mim.
Virei-me e deparei-me com um vulto grande a vir na minha direcção. Gritei o mais que pude, mas não o pertubou.
Aproximou-se de mim e deu-me uma pancada com um objecto pesado na cabeça.Caí sobre a cama, mesmo ao lado de Dave que gritava desesperadamente o meu nome. Sem lutar com a dor, fechei os olhos.

8 comentários:

  1. wow! Este Edward era mesmo o meu suspeito! A sério, estou mesmo a adorar a tua história! Muitos parabéns mesmo! beijinho grande!

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  2. Oh! És uma querida! :D Nem penses em desistir da história! Eu também estava a pensar desistir da minha... mas vamos lá ver o que sai! beijinho!

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  3. É mesmo esse o espírito! Se estás perto do fim não podes desistir!

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  4. Estou a adorar! Quando escreves o próximo capítulo? :D

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