21.4.13

Um tanto de nada

Tudo se torna arrebatador em dias cinzentos mesmo tendo o sol a embater na nossa janela mais brilhante que nunca. Aí se presencia o mal do amor, um dos tantos...A entrega do nosso coração, feita muitas vezes sem pensar mas com uma segurança inocente pois é apenas assim no primeiro segundo porque depois já não se torna vinda de nós mas sim de quem o nosso coração foi entregue e está somente nas suas mãos proteger algo tão frágil e que nós tanto tentamos fazer de forte. E quando se torna um erro incapaz de apagar com uma borracha ou rasgar como o papel, aí chegam as noites mal dormidas em que se adormece com lágrimas dolorosas, as olheiras de saudade, o aperto no peito, o sorriso falso, a pouca vontade de tudo, o desespero provocando gritos silenciosos, é sentir-se só quando rodeado por multidões, é procurar-se e nunca encontrar, é querer sossego, distância de qualquer sentimento porque sentir-se vazio parece sempre uma melhor opção do que sofrer...Mas não é.

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